terça-feira, 30 de agosto de 2011

Diferentes.

O método científico dominante é totalmente quantitativo. Basicamente, porque surgiu com o estudo das ciências exatas. E, tiveram a brilhante idéia de aplicar este método às ciências humanas. A partir disso, privilegiou-se a formulação de leis, utilizadas em todos os casos. Quando uma pessoa comete suicídio, por exemplo, não se busca conhecer e entender os motivos que levaram a pessoa a tal decisão, mas se recorre às estatísticas. Busca-se saber o sexo da pessoa, a religião, a classe social...

Portanto, iluminada por este método, surge a concepção de que só há rigor científico se houver uma formulação matemática por trás, ou leis que expliquem esta e todas as situações.

Como é muito difícil e antiquada a formulação de leis gerais para as ciências humanas, houve grande desvalorização a respeito das disciplinas de humanidades.

Daí vem a terrível opinião do senso comum, da supervalorização de determinados cursos, e do total esquecimento e desprezo em relação a outros. É por isso que temos que ouvir perguntas como 'vai estudar tanto para ser professor?'.

Junta-se a isto a questão salarial (sendo o salário do jeito que é, por causa da desvalorização destas áreas de conhecimento). Fazer o que gosto, e o que tenho a oportunidade de ajudar as pessoas, ou fazer o que me dá a garantia de um futuro com luxo?

Ouço muito que fazer o que se gosta é infantilidade. Que, a preocupação é em ter uma profissão que te dê dinheiro. 'Ninguém faz o que gosta'. Balela. Muita gente escolheu fazer o que gosta, e quem fez esta escolha pode não viver com luxo, pode não poder gastar dinheiro com excessos, mas, é feliz. Não que a profissão seja determinante pra felicidade, e não que as pessoas que não fazem o que gostam não possam ser felizes. Mas, que é um fator importante, é.

Que aceitem a escolha de quem quer fazer o que gosta, e pronto.


sexta-feira, 5 de agosto de 2011