quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

How many times?

Yes and how many times can a man turn his head,
Pretend that he just doesn't see?
Bob Dylan - Blowin' in the Wind

Estou lendo um livro, O Chamado da Floresta, do autor americano Jack London. O livro conta a história de um cão chamado Buck, que, na época da corrida do ouro, é raptado de sua casa, onde era um cão doméstico, para puxar trenós, num ambiente selvagem e hostil. Quando é capturado, enfrenta um homem que, com um porrete na mão, a cada tentativa do cão de atacá-lo, o fere com golpes no focinho e na cabeça. Buck tenta doze vezes atacar o homem, e as doze vezes leva um duro golpe, até ficar muito machucado e desistir. Após esse acontecimento, o livro relata que o cão aprendeu que não devia enfrentar homens que levassem um porrete. Não devia respeitá-los, mas obedecê-los, pois a resistência era inútil.
Ok, mas e aí? Contei essa história pra retratar algo que vem acontecendo. Hoje parei pra perceber que muitas vezes, não importa o quanto 'apanhemos', não importa o tamanho da surra moral e psicológica, eu não aprendo. Erros que já me causaram consequências ruins têm sido cometidos novamente.
Quantas vezes vou precisar errar e aguentar as consequências pra poder aprender?
É bem revoltante isso, fico louco da vida comigo mesmo.


Um comentário:

  1. "help, I have done it again
    I have been here many times before
    Hurt myself again today
    And the worst part is there's no one else to blame"

    A pior parte, é que você não é o único que tem esse problema. Estava pensando nisso hoje mesmo.

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